A importância do monitoramento do peso das aves está diretamente relacionada ao desempenho da granja, evitando perder o momento certo do ciclo de produção. Os métodos convencionais aplicados atualmente não acompanharam a evolução tecnológica, e a falta de tal transição contraria as propostas de bem-estar animal que vêm sendo amplamente discutidas a partir da conscientização das necessidades de governança ambiental, social e corporativa (ESG).
O processo mais comum de pesagem ocorre sistematicamente ao longo dos aniversários de sete dias do lote. O método, que utiliza uma balança do tipo manual, consiste em reduzir a intensidade da luminosidade para diminuir a movimentação das aves e selecionar, no mínimo, 1% do total das aves do lote, obtendo uma boa amostragem de peso.
Feita a seleção, é recomendado utilizar uma caixa ou um saco para acomodar as aves e realizar a pesagem dos frangos. Os resultados devem ser preenchidos na ficha de informe ao frigorífico. É importante verificar a calibração da balança, pois erros no processo de medição podem direcionar o produtor e a indústria a conclusões equivocadas sobre o desempenho do lote.
Este método amplamente difundido pelos avicultores, apesar de simples, acaba sendo extremamente trabalhoso e ineficiente. Inclusive, veterinários e especialistas do negócio já se pronunciaram negativamente quanto ao processo, pois gera desconforto, angústia, medo, estresse e doenças nas aves, sem falar nos riscos na carcaça que contaminam os lotes e custam muito tempo dos granjeiros em um manejo desconfortante.
A tecnologia ajuda a evitar os impactos negativos do método convencional, controlando de forma automatizada o peso do frango sem desgastes.
Durante a pesagem automática, os frangos não param de apresentar seu comportamento natural. Além de controlar o peso dos animais de forma contínua, essa pesagem pode gerar dados estatísticos mais ricos sobre o peso e a característica de desenvolvimento do lote.
O custo da pesagem automática de frangos é facilmente superado pelos benefícios do método, como um número mais significativo de pesagens, sem esforço humano e trauma para as aves. Soluções baseadas na Internet das Coisas (IoT) podem transmitir rapidamente informações eletrônicas ao frigorífico, reforçando o suporte técnico sobre o andamento do lote.
A pesagem automatizada das aves permite uma gestão mais apurada sobre o consumo de ração, além de não interferir na qualidade de vida dos animais. A tendência é o mercado ficar cada vez mais exigente em relação aos cuidados nos processos produtivos de proteína animal. Quem estiver preparado, terá uma boa vantagem competitiva, bem como melhores dados para tomadas de decisões inteligentes.
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Na avicultura, o peso é um indicador simples, porém extremamente valioso. Com a pesagem dos animais, é possível determinarmos a taxa de conversão alimentar para os frangos de corte e o desempenho de produção de ovos para as poedeiras, assim como identificar a uniformidade do lote e detectar possíveis discrepâncias decorrentes de desnutrição, parasitismo, superpopulação, calor e frio.
A importância de monitorar o peso das aves também está ligada diretamente com o desempenho da granja, que evita prejuízos no lote ao não perder o tempo correto das metas dentro do ciclo produtivo.
Como funciona a pesagem na avicultura?
Para garantir uma boa amostragem, é preciso realizar a coleta do peso de algumas aves em diferentes pontos do aviário, já que é comum encontrarmos animais de diferentes pesos nestes locais.
Quanto mais aves houver na faixa de peso correspondente a aproximadamente 10% do peso médio do lote, mais uniforme este será. Usualmente, o peso das aves é monitorado a cada sete dias, entretanto, fica a critério do produtor a quantidade de pesagens necessárias para acompanhar o desenvolvimento dos animais ao longo do lote.
É importante lembrarmos que, quanto maior o intervalo entre a pesagem das aves, menos tempo se tem para identificar problemas que, muitas vezes, surgem e são desenvolvidos em menos de uma semana, ou seja, demorar para realizar a pesagem pode aumentar a probabilidade de problemas e redução na taxa de retorno do lote.
Tecnologia no monitoramento de peso na avicultura
Com o avanço da tecnologia, a pesagem contínua na avicultura se tornou uma realidade. Por meio de soluções que apresentam instrumentos de precisão, dados são coletados em tempo real e transmitidos para plataformas de gestão de processo.
Balanças inteligentes, como as da E-Aware, possibilitam a pesagem diária, de maneira constante e sem sofrimento para o animal, sendo capazes de pesar cada frango do lote nas diferentes fases de produção. A ferramenta otimiza o processo, garante o bem-estar animal e reduz horas de trabalho do granjeiro, que pode dedicar seu tempo para outras atividades.
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Primeiro, vamos entender um pouco mais como funciona e o que é ESG. A sigla vem do inglês, que significa environmental, social and governance, traduzindo de forma literal para o português, a sigla fica ASG (ambiental, social e governança).
Enviromental ou Ambiental, diz respeito a práticas ambientais dentro de empresas ou entidades. Aborda-se temas como poluição da água e do ar; aquecimento global; desmatamento; gestão de resíduos; eficiência energética; entre outros.
Social, diz respeito a como empresas e entidades, podem auxiliar a sociedade e comunidade, gerando um impacto positivo. Aborda-se temas como direitos humanos e às leis trabalhistas; proteção de dados e privacidade; diversidade de gênero; investimento social; relacionamento com a comunidade local; entre outros.
Governance ou Governança, está conectado com às políticas, processos, estratégias e orientações de administração das empresas e entidades, é diretamente ligado aos outros dois pilares, pois dita, orienta, fiscaliza e reporta as práticas sustentáveis. Aborda-se temas como transparência de dados; conduta corporativa; práticas anticorrupção; auditorias internas e externas; entre outros.
Esses três pilares se referem a como as empresas estão comprometidas para serem regidas da melhor maneira, socialmente responsáveis e ambientalmente sustentáveis.
Com relação ao agronegócio, empresas maiores já possuem os pilares mais sólidos, isso não acontece com tanto afinco com o principal elo da cadeia, o produtor do campo. Para que isso aconteça de fato, é preciso informação e medidas que estimulem o produtor, a realmente entender os princípios ESG para colocá-los em prática.
Como o produtor pode fazer a diferença?
Adotar o uso de culturas de cobertura, evitando que o solo fique “nu”, auxiliando ainda na ciclagem de nutrientes na entressafra.
Melhorar a saúde do solo, realizando análises periódicas, acompanhando e corrigindo o solo assim que necessário. A saúde do solo, irá interferir diretamente na saúde da planta.
Opções de financiamento específico para agricultores incentivando práticas sustentáveis. Diversas fintechs e agtechs estão trabalhando para que a mudança nesse cenário seja ampla e significativa.
Utilização de plataformas de software que registram o histórico da propriedade, tanto financeiro como técnico, auxiliando na tomada de decisão a qualquer momento da safra.
O produtor que deseja ter um diferencial competitivo deve estar alinhado aos principais indicadores, às práticas de manejo de solo e de culturas que, em conjunto com a tecnologia e a informação, pode tornar o nosso país uma grande potência agroambiental.
O eProdutor auxilia o produtor rural a organizar todas as informações em um só lugar, tendo o maior controle da propriedade e tornando a gestão versátil.
A gestão que sempre foi feita com lápis e papel tem ganhado cada vez mais suporte da tecnologia. O uso de computadores e celulares trouxe as facilidades de coletar, armazenar e consultar as informações do negócio em ambientes digitais construídos para organizar atividades agropecuárias.
Estar organizado facilita o entendimento e transparência sobre qual atividade (agricultura e/ou pecuária) gera maior margem de lucro para o negócio. Avaliar qual categoria de despesa também tem sido a que mais consome seus recursos (financeiro ou tempo) e com isso tomar decisões, com base em seus próprios números, para continuar competitivo em suas atividades.
Gerir as informações que envolvem a atividade agropecuária pode parecer um processo simples, ao ponto de se ter tudo de cabeça, mas a verdade é que não é bem assim. Informações esquecidas ou não contabilizadas podem virar grandes problemas para as questões tributárias, prestação de contas e distribuição de lucro entre sócios, falta de insumos para produção, além de dificultar o processo de aprendizado dos filhos que são o futuro do negócio.
Vendo esse cenário com tantas variáveis para se analisar – sendo financeiras ou operacionais – e do diálogo aberto do produtor rural com empresas de tecnologia é que surgiu o eProdutor. O sistema é online e foi criado em parceria com produtores, sendo totalmente voltado para as atividades agropecuárias. O objetivo é organizar e centralizar, em um único local, todas as informações, gerando indicadores que são pertinentes para analisar a situação atual. Outra questão é comparar com manejos passados, tomar decisões imediatas e planejar os próximos passos, seja do ponto de vista operacional ou financeiro.
Uma das vantagens de um ambiente digital e online é ter acesso aos dados em qualquer lugar que estiver e permitir conectar pessoas. O produtor, como dono de toda informação, pode permitir que técnicos, contadores, agrônomos, veterinários, família, funcionários, entre outros que atuam no negócio, possam ter acesso a informações específicas e até inserir dados pelo celular. A permissão ocorre a fim de alimentar o sistema com ocorrências operacionais de campo em tempo real e mostra o valor do seu trabalho.
Os registros de campo são uma fonte rica de informação para o negócio, como o monitoramento de pragas e operações mecanizadas, permitindo avaliar se os insumos foram utilizados corretamente, quais manejos foram feitos nas atividades e se resolveu o problema e, então, comparar com seu próprio histórico de safras e lotes, para avaliar melhor os resultados financeiros de cada área ou lote de animais.
Uma outra forma de coletar informações do campo em tempo real, e que se tornam cada vez mais comuns, é o uso de IoTs (Internet of Things ou, no português, Internet das Coisas). Os IoTs são equipamentos pequenos e portáteis que ficam no campo monitorando os fatores de produção, tais como: equipamentos, implementos, solo, condições climáticas, entre outras variáveis.
Um desses equipamentos usados na agricultura é a estação meteorológica que coleta e envia os dados pela internet automaticamente para o ambiente do produtor rural. Esses dados permitem ao produtor de grãos avaliar quanto a produção de cada ano e cultura foi afetada pelo clima. Outra vantagem é verificar se choveu nas fases que a cultura mais precisou, se as condições estão adequadas para obter máxima eficiência na aplicação de defensivos agrícolas e se o cenário atual está propicio para o surgimento de infestações. Ainda se pode monitorar o nível de água no solo para o melhor momento de uma irrigação. Somado ao uso de mapas de satélite, que medem a uniformidade da vegetação, e mapas de análise de fertilidade do solo, a capacidade de avaliar os fatores de produção aumenta exponencialmente.
Já para o caso dos animais de produção, que são fortemente influenciados pelo ambiente e que atingem seu máximo desempenho em condições de termo neutro, ou seja, quando a energia do alimento não é desviada para eliminar ou manter o seu calor, os sensores inteligentes de ambiência medem as principais variáveis. Dentre as variáveis que podem afetar esse desempenho estão a temperatura, umidade, velocidade do vento, gases tóxicos e a interação entre eles. A solução permite ver também o funcionamento de cada equipamento usado nesse ambiente. É possível assim adotar mudanças de manejo em tempo real, se constatado irregularidades. Balanças instaladas em granjas que podem medir o peso das aves em tempo real, junto com informações registradas pelo granjeiro, fornecem valiosas informações sobre crescimento, uniformidade e conversão alimentar diária.
Em resumo o eProdutor é uma plataforma em constante acréscimo de novas funções, solicitadas por produtores rurais que acessam o sistema, e que busca cada vez mais se conectar ao digital, tal como, preencher as lacunas de informações necessárias para se fazer uma boa gestão financeira, agronômica e zootécnica de qualquer propriedade rural.
Publicado por: Anderson Eduardo Grzesiuck – Eng. Agrônomo – Especialista em Ciência de Dados