A importância da Gestão Financeira para Propriedades Rurais

No processo de gestão de uma propriedade rural, os indicadores são grandes aliados, pois medem a diferença entre a situação atual e a situação desejada. São a base para identificar os problemas e definir prioridades para melhoria.

Um produtor que tem gestão, realiza o controle de seu fluxo de caixa e de financiamentos, de forma reduzir seu risco financeiro. Tem controle de seu estoque de insumos. Sabe quanto cada talhão/cultura e granja produzem, para realizar comparação de resultado de cada ano e ciclo de produção.

Com uma boa gestão da propriedade rural, é possível identificar os principais pontos fortes e fracos do seu negócio, bem como novas oportunidades do mercado.

Uma ferramenta como fluxo de caixa, quando bem organizado, considerando todas entradas e saídas, facilita a entender onde foi destinado o seu dinheiro.

Com previsão do fluxo de caixa, gestão e controle de contas a pagar e a receber é possível:

  • Monitorar a saúde financeira da sua fazenda.
  • Fazer previsões de receitas futuras.
  • E direcionar compras à prazo dentro de datas onde o fluxo de caixa estará mais folgado.

Tão importante quanto controlar o fluxo de caixa, é organizar o planejamento de receitas e despesas, permitindo assim estabelecer metas e avaliar o desempenho da propriedade como um todo.

Comparar o que foi planejado versus o que foi realizado ajuda a entender os motivos de despesas de forma mais clara.

Podemos imaginar o planejamento financeiro como uma bússola que direciona para caminhos a serem seguidos.  Com ele o produtor tem visão organizada e antecipada do seu negócio, tendo à sua disposição parâmetros para dar andamento no dia-a-dia com total segurança e visibilidade. Isso ajuda o produtor a enxergar os gastos e otimizar de forma racional o uso do dinheiro.

Outro ponto importante é que a criação de um planejamento permite que todos os integrantes estejam cientes do que se pretende, o que auxilia a mantê-los engajados e caminharem na mesma direção.

Para que a gestão funcione de maneira eficiente, é necessário que seja feito o monitoramento das atividades de maneira contínua. Desse modo, caso o desempenho não esteja saindo como o previsto, é possível identificar onde estão os gargalos ou problemas de produção e buscar formas de corrigi-los, a fim de evitar grandes perdas.

Dessa maneira, fica muito mais fácil manter a saúde financeira do seu negócio em dia.

 

Créditos

Anderson Eduardo Grzesiuck – Engenheiro Agrônomo

Laura Vendruscolo Delai – Médica Veterinária  

Exigências Climáticas na Cultura da Soja

O cultivo da Soja no Brasil inicialmente era restrito a região sul, pois até os anos de 1970, a principal barreira para cultivar soja era o fotoperíodo (numero de horas de luz por dia), uma vez que a soja é uma das espécies cultivadas mais sensíveis ao comprimento do dia, que regula a indução floral e o crescimento da cultura. Nesse período os cultivares possuíam período juvenil curto e floresciam muito precocemente acima da região sul do pais. Com os avanços no melhoramento genético, foram introduzidos genes que condicionaram as plantas um periodo juvenil longo, possibilitando assim o cultivo em outras regiões do Brasil.

LUZ  

Para a Soja a radiação solar esta relacionada com a fotossíntese, alongamento de haste principal e ramificações, expansão foliar, pegamento de vagens e grãos e fixação biológica. A utilização de cultivares de grupo de maturidade inadequado para determinada região pode reduzir o tempo para o florescimento, o que reflete negativamente no desenvolvimento da área foliar, e consequentemente, na otimização dos fatores primários de produção orgânica.

Assim, para uma mesma latitude, certos cultivares podem ser de maturação precoce ou tardia, dependendo do fotoperíodo critico exigido para que ocorra a indução ao florescimento, ou seja, se dois cultivares forem semeados na mesma data, o que tiver fotoperíodo critico maior irá florescer antes. pois será induzido mais precocemente, enquanto o cultivar com fotoperíodo critico menor será induzido mais tardiamente.

UMIDADE

Quanto maior a umidade relativa do ar, maior a probabilidade de surgirem doenças. A ocorrência de doenças nas plantas de depende da relação entre a planta, a doença e o ambiente. A umidade influencia diretamente a produção e esporulação de inóculo de fungos. Deste modo o espaçamento entre linhas influencia diretamente no microclima e na umidade gerada entre as folhas.

TEMPERATURA

A Soja é mais adaptada a temperaturas entre 20 e 30 ºC, sendo o ideal  para seu crescimento e desenvolvimento em torno de 30 ºC. Temperaturas elevadas induzem a uma floração precoce, podendo acarretar na diminuição da altura de planta, esse problema pode agravar se houver insuficiência de chuvas.

A maturação também pode ser acelerada pela ocorrência de altas temperaturas. A qualidade de sementes é afetada negativamente quando a umidade e a temperatura estão altas, mas temperaturas baixas na fase de maturação, associadas aos periodos chuvosos ou de alta umidade, podem atrasas a data de colheita.

CHUVAS

A disponibilidade de água é importante durante todo o desenvolvimento da cultura, no entanto, o período de germinação-emergência, e o de floração e enchimento de grãos são os mais críticos.

A necessidade de água vai aumentando na proporção que a planta se desenvolve, chegando ao máximo durante a floração e o enchimento de grãos, decrescendo após esse período. A necessidade total de água na soja, para obtenção do máximo rendimento, varia entre 450 e 800 mm/Ciclo, dependendo das condições climáticas, do manejo da cultura e a duração do ciclo da cultivar.

Lucas Dierings
Eng. Agrônomo