Rentabilidade na Avicultura de Corte: Entenda Como a Gestão Define o Lucro da Granja

Rentabilidade na Avicultura de Corte

Rentabilidade na Avicultura de Corte: Quando Gestão e Tecnologia Mudam a História

Nem sempre os números contam uma boa história — principalmente no começo. Quando os atuais proprietários adquiriram essa granja no Oeste do Paraná, em 2017, ela contava com apenas dois aviários e registrava resultados negativos. Produzia, mas não dava lucro. A falta de gestão estruturada e de acompanhamento dos indicadores deixava a operação vulnerável. Foi nesse cenário que dois empresários da cidade decidiram investir não apenas dinheiro, mas visão de negócio.

Sabiam que rentabilidade na avicultura não vem apenas da genética das aves ou da estrutura física, mas da forma como se enxerga a granja: como um negócio rural que precisa ser conduzido com inteligência, estratégia e dados. Nos primeiros anos, os resultados continuaram tímidos. Mas cada passo foi planejado. A virada começou a partir de 2020.

O Crescimento Construído com Planejamento

Em 2020 e 2021, foram construídos dois novos aviários, ampliando a capacidade produtiva e permitindo diluir custos fixos. Essa expansão só aconteceu porque já existia controle financeiro e visão de médio prazo. Os dados mostravam o caminho: produzir mais, com eficiência, seria possível se os gargalos operacionais fossem resolvidos.

Em 2022, a manutenção preventiva se tornou rotina. Parar para consertar no meio do lote dava lugar a ações planejadas, com equipe técnica terceirizada. O resultado? Queda nas despesas com reparos e aumento da previsibilidade.

Tecnologia a Favor da Eficiência

Foi em 2023 que um novo capítulo começou. A instalação de sensores de ambiência mudou a forma de aquecer os aviários. Até então, o aquecimento a gás era feito com base em feeling e experiência etambém recomendação técnica. Com o monitoramento da sensação térmica em tempo real, o sistema passou a atuar com precisão. O consumo caiu e a performance zootécnica melhorou.

Hoje, toda a gestão é feita no eProdutor. As rotinas financeiras, o controle de estoque dos insumos, os dados técnicos de produção e os relatórios de custo são centralizados. Isso permite não só tomar decisão em cima de fatos, mas também projetar o fluxo de caixa para os próximos meses, antecipando momentos críticos e oportunidades.

Resultados Que Vieram com o Tempo

Ao olhar para trás, é fácil ver como cada etapa contribuiu para os resultados de hoje. O caminho não foi rápido, mas foi sólido. Veja os dados de geração de caixa mais recentes:

Indicadores de Geração de Caixa

Indicadores Econômicos Avicultura

  • Produção anual: 615.575 cabeças
  • Receita total: R$ 1.045.722,63
  • Despesas totais: R$ 934.906,25
  • Lucro líquido: R$ 110.816,38
  • Margem bruta: 55,11%
  • Margem líquida: 10,60%
  • Geração de caixa: R$ 576.309,38

Cada Número Tem Um Porquê

  • Máquinas e equipamentos: 5,76% da receita. Abaixo dos 8% recomendados, graças à manutenção preventiva iniciada em 2022.
  • Aquecimento a gás: 14,62%. Redução expressiva após instalação de sensores em 2023.
  • Mão de obra: Abaixo de 12%, operando com um casal de funcionários fixos e apoio pontual entre os lotes.

Rentabilidade Real: Olhar Completo com DRE

Além da geração de caixa, é fundamental olhar o DRE — Demonstrativo de Resultado do Exercício — que inclui depreciação e custo de oportunidade. Isso mostra a saúde real da operação. Veja os dados:

Receitas e Despesas Granja

Ano Receita Despesa Lucro Líquido Geração de Caixa
2022 R$ 1.065.000 R$ 1.150.000 -R$ 85.000 R$ 350.000
2023 R$ 900.000 R$ 850.000 -R$ 15.000 R$ 420.000
2024 R$ 1.045.722 R$ 934.906 R$ 110.816 R$ 576.309

Conclusão: Gestão Muda a Realidade

Essa granja mostra que resultado é construção. Cada melhoria, cada decisão pensada, cada número acompanhado fez parte de um processo que levou anos — mas valeu a pena. Se hoje há margem, é porque houve gestão. Se há lucro, é porque houve controle. E se há visão de futuro, é porque se olha para os dados, não para o achismo.

Quer transformar sua granja também?

Veja como o eProdutor pode ser seu aliado na gestão — da parte financeira à zootécnica, com dados para tomar decisão e prever o futuro.

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Lucas Dierings — Eng. Agrônomo | MBA USP/Esalq | Especialista em Gestão e Rentabilidade no Agronegócio

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Como Monitorar a Entalpia na Avicultura de Corte Pode Melhorar o Crescimento das Aves e Reduzir Custos

Monitoramento de Entalpia na Avicultura
MONITORAMENTO DE ENTALPIA PODE REDUZIR CUSTOS NA AVICULTURA

Como Monitorar a Entalpia na Avicultura de Corte Pode Melhorar o Crescimento das Aves e Reduzir Custos com Energia

Na avicultura moderna, onde o desempenho técnico e econômico precisam caminhar juntos, entender e controlar o ambiente do aviário é uma das chaves para bons resultados. Um dos indicadores mais poderosos — e muitas vezes subestimado — é a entalpia.

Este artigo explica:

  • O que é entalpia e sua relação com o crescimento das aves;
  • Como sensores integrados ao eProdutor facilitam esse controle;
  • Como a gestão correta pode gerar economia com energia e aquecimento.

Entalpia: mais que temperatura, é conforto térmico real

A entalpia considera temperatura + umidade relativa. Ela representa o conforto térmico real das aves, diferente da simples temperatura ambiente. Cada fase do frango tem sua faixa ideal de entalpia. Exemplo:

  • Primeira semana: 70–80 kJ/kg
  • Final do lote: 45–55 kJ/kg

Manter a entalpia dentro da faixa ideal melhora ganho de peso, reduz estresse e otimiza o uso da rção.

Integração com Sensores do eProdutor

Com sensores conectados ao módulo zootécnico, o eProdutor permite monitorar:

  • Temperatura e umidade
  • CO₂ (ppm)
  • Luminosidade
  • Velocidade do ar
  • Pesagem automática das aves

Esses dados aparecem em tempo real, com gráficos por lote e faixas ideais para cada fase. Isso facilita ajustes rápidos e assertivos no dia a dia.

Economia com energia e aquecimento

Ao controlar entalpia com precção, evita-se:

  • Uso excessivo de ventiladores;
  • Aquecimento desnecessário na madrugada;
  • Desperdício de energia e combustível;
  • Desgaste precoce dos equipamentos.

Com o eProdutor, é possível configurar limites ideais e automatizar respostas, tornando o sistema mais eficiente e rentável.

Exemplo Real: Monitoramento por Período do Dia

Monitoramento por período do dia
Sensores identificaram variações na sensação térmica ao longo do dia

No aviário monitorado:

  • Madrugada: Sensação térmica ideal por 43% do tempo (temperatura ligeiramente baixa).
  • Manhã: 46% de tempo ideal, com ventiladores atuando abaixo do ideal.
  • Tarde: 57% de eficiência, melhorando o desempenho geral do aviário.
  • Noite: 47%, com espaço para ajustes mais finos no sistema.

Esses dados mostram onde estão as perdas de conforto térmico e como otimizá-las.

Quer ver como isso funciona na prática?

Conheça o módulo zootécnico do eProdutor, veja relatórios, sensores e como isso pode funcionar no seu aviário.

Prefere falar com um especialista?

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Crédito rural está mudando: só vai ter acesso quem mostrar gestão

Por muitos anos, conseguir crédito rural dependia de relacionamento com o gerente do banco e do bom nome na praça. Isso está mudando — e rápido. Hoje, a regra é clara: não basta produzir bem, é preciso provar que se está preparado para crescer com organização.

Enquanto isso, os juros seguem altos, o acesso ao crédito tradicional está encolhendo e o mercado financeiro está exigindo mais clareza e dados de quem busca investimento. E nesse cenário, o produtor que não tiver gestão vai ficar sem crédito.


📉 O crédito do agro está diminuindo — e mais difícil de acessar

Segundo dados da CNA e do Banco Central (2025), houve uma queda de 20% na contratação de crédito rural apenas no primeiro semestre do PAP 2024/2025.

  • Custeio caiu 14%

  • Investimento recuou 18%

  • Comercialização despencou 38%

  • Industrialização retraiu 44%

Com isso, muitos produtores estão vendo linhas tradicionais de financiamento encolherem, especialmente as que vinham com juros subsidiados. E o que resta? Mercado privado e opções como barter, CPR, LCA, CRA e Fiagro — todos eles exigem muito mais controle, dados e previsibilidade da operação rural.


🔍 Os bancos e fundos querem gestão — não promessa

  1. O risco aumentou: a inadimplência no agro com recursos de mercado quase triplicou entre dezembro de 2023 e outubro de 2024, chegando a 3,78%.

  2. Os fundos se tornaram mais criteriosos: quem compra um CRA ou CDCA hoje quer saber se a fazenda tem balanço, fluxo de caixa, DRE e dados confiáveis.

  3. O produtor informal está perdendo competitividade: quem ainda depende de caderno e planilha, ou não sabe o custo real por hectare, dificilmente vai conseguir financiamento com boas condições.


📈 O dinheiro existe — mas só vai para quem comprova que sabe usá-lo

A estimativa é de que o agro movimenta cerca de R$ 1 trilhão em crédito anualmente, mas boa parte disso está indo para quem tem estrutura. Em 2023, só de CPRs foram mais de R$ 298 bilhões. E a tendência para 2024 é de crescimento nos instrumentos privados:

Instrumento

Variação prevista 2024

CPR

+58%

Fiagro

+109%

CDCA

+21%

LCA

+13%

O problema não é falta de recurso. É falta de gestão para acessar esses recursos.


🧠 Gestão não é custo, é condição de acesso

Não é mais viável pedir crédito sem demonstrar:

  • Controle financeiro estruturado, com plano de contas, previsões e relatórios por atividade

  • Organização fiscal, com notas organizadas, estoque e fluxo monitorado

  • Resultados confiáveis, com DRE por safra, gestão por centro de custo e indicadores de desempenho

Quem não tem isso, dificilmente vai convencer alguém a investir.

E não se iluda: os juros não vão cair em 2025. O cenário projetado aponta para manutenção da Selic em patamares elevados (até 15%) e IPCA acima de 5%.


⚠️ O recado do mercado é claro: ou organiza, ou fica sem crédito

A fazenda que não se organiza perde:

  • acesso ao crédito,

  • poder de negociação com fornecedores,

  • oportunidades de investimento,

  • e competitividade no longo prazo.

Por outro lado, o produtor que se organiza passa a negociar crédito com vantagem, consegue juros mais acessíveis e tem mais segurança para escalar sua produção.


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Quer saber se sua fazenda está preparada para esse novo cenário?

Acesse:

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O Esvaziamento do Campo e os Desafios da Sucessão Familiar no Agronegócio: Como a Tecnologia Pode Ser a Solução

A sucessão familiar no agronegócio é um dos maiores desafios enfrentados pelos produtores rurais atualmente. O esvaziamento do campo tem se intensificado em diversas regiões do mundo, incluindo o Brasil, onde a população rural caiu 33,8% entre 2000 e 2022, de acordo com dados do Banco Mundial. Esse fenômeno coloca em risco a continuidade dos negócios familiares, impactando diretamente a economia e o desenvolvimento do setor.

O Impacto do Esvaziamento do Campo

O agronegócio é, por tradição, uma atividade familiar. Nos Estados Unidos, por exemplo, 98% das fazendas são administradas por famílias. Na União Europeia, esse percentual ultrapassa os 90%. No Brasil, cerca de 90% das propriedades rurais são familiares, mas apenas 30% das empresas do setor chegam à segunda geração, e menos de 5%conseguem atravessar a terceira geração, segundo o IBGE.

Esse cenário é reflexo de fatores como:

  • Dificuldades na gestão financeira e operacional, que tornam o agronegócio mais complexo e desafiador.
  • Falta de interesse da nova geração, que busca oportunidades mais tecnológicas e dinâmicas.
  • Conflitos familiares, muitas vezes causados pela falta de planejamento e estrutura organizacional.

Como a Digitalização Rural Pode Reverter Esse Cenário

A tecnologia tem um papel fundamental para modernizar o agronegócio e torná-lo mais atrativo para os jovens, garantindo a continuidade das propriedades rurais. Ferramentas como o eProdutor, uma plataforma de gestão rural completa, ajudam os produtores a profissionalizar sua administração e facilitar o planejamento sucessório.

Benefícios da Digitalização na Gestão Rural

  1. Gestão financeira eficiente:
    • Controle de fluxo de caixa futuro, permitindo tomadas de decisão mais seguras.
    • Melhores margens por atividade rural, otimizando os resultados financeiros.
    • Organização de financiamentos e contas a pagar e receber, trazendo mais previsibilidade.
  2. Atração da nova geração:
    • A tecnologia no campo traz modernização, oferecendo conectividade, automação e inovação, tornando o agronegócio mais interessante para os jovens.
  3. Tomada de decisão baseada em dados:
    • Acompanhamento de indicadores de desempenho em tempo real.
    • Planejamento de safras com base em dados precisos, reduzindo riscos e aumentando a eficiência.

Como Começar a Transformar a Sua Propriedade Rural

A primeira etapa para uma gestão eficiente é conhecer as ferramentas disponíveis e entender como elas podem beneficiar o seu negócio. Pensando nisso, convidamos você a assistir ao nosso webinar exclusivo sobre gestão no agronegócio:

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Nele, você aprenderá como implementar soluções digitais na sua propriedade e quais os principais desafios enfrentados pelos produtores brasileiros.

Conclusão

O futuro do agronegócio está na profissionalização e na digitalização. A adoção de ferramentas como o eProdutor pode garantir uma transição sucessória mais tranquila e eficiente, além de manter o campo como um ambiente de oportunidades e crescimento.

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