por Ana Julia Fernandes | News
O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira, responsável por uma parte significativa do PIB do país e por grande parte das exportações. No entanto, assim como outros setores, o agronegócio não está imune aos efeitos da inflação e das mudanças econômicas. Neste artigo, discutiremos como a inflação e as mudanças econômicas recentes têm impactado o agronegócio brasileiro.
Inflação e Custos de Produção:
A inflação afeta diretamente os custos de produção agrícola. Com a alta dos preços de insumos como fertilizantes, defensivos agrícolas, energia e combustíveis, os produtores rurais enfrentam um aumento significativo nos custos de produção. Além disso, a inflação também influencia os custos de transporte, impactando o escoamento da produção até os centros de distribuição e exportação.
Impacto nos Preços dos Produtos Agrícolas:
O aumento dos custos de produção geralmente se reflete nos preços dos produtos agrícolas. Os produtores precisam repassar esses custos para os consumidores, o que pode resultar em aumento dos preços dos alimentos no mercado interno. Além disso, no mercado internacional, a competitividade dos produtos brasileiros pode ser afetada, especialmente se outros países não enfrentarem o mesmo nível de inflação.
Mudanças Econômicas e Mercado Internacional:
As mudanças econômicas globais, como variações nas taxas de câmbio e nas políticas comerciais de outros países, também impactam o agronegócio brasileiro. Por exemplo, uma desvalorização do real pode tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional, mas ao mesmo tempo aumentar os custos de insumos importados.
Conclusão
O agronegócio brasileiro enfrenta desafios significativos devido à inflação e às mudanças econômicas. Para enfrentar esses desafios, os produtores e o governo precisam adotar políticas que incentivem a eficiência e a sustentabilidade, além de buscar formas de mitigar os impactos negativos da inflação nos custos de produção.
O setor agropecuário continuará desempenhando um papel crucial na economia brasileira, mas é importante que esteja preparado para enfrentar os desafios econômicos que se apresentam. Nesse sentido, o eProdutor, surge como aliado fundamental, proporcionando aos produtores rurais uma administração mais segura do seu negócio, com acesso a todos os números de suas atividades na palma da mão, de forma simples e eficaz. Essas ferramentas são essenciais para uma gestão eficiente e para a tomada de decisões estratégicas que garantam a sustentabilidade e a competitividade do agronegócio brasileiro.
Para conhecer mais o eProdutor e ter uma demonstração personalizada com especialistas, CLIQUE AQUI e cadastre-se.
por Ana Julia Fernandes | Gestão Financeira Rural
A gestão eficiente do fluxo de caixa é crucial para a saúde financeira de qualquer propriedade rural. No contexto do agronegócio brasileiro, a capacidade de gerenciar efetivamente entradas e saídas financeiras não só impulsiona a rentabilidade como também garante a sustentabilidade da operação.
Desafios do Fluxo de Caixa na Gestão de Propriedades Rurais
O fluxo de caixa em propriedades rurais é complexo, sujeito à volatilidade de preços e aos ciclos sazonais, o que demanda uma gestão cuidadosa e estratégica. Muitos produtores enfrentam o desafio de não poder comprar insumos antecipadamente ou vender produtos no momento ótimo devido à necessidade imediata de dinheiro para quitar financiamentos e outras contas. Isso os força a vender produtos agrícolas quando o mercado está em baixa e a negociar preços de insumos em alta, reduzindo drasticamente as margens de lucro.
Compra de Insumos na Alta de Preço
Frequentemente, os produtores rurais se vêem na situação de ter que negociar a compra de insumos durante períodos de alta de preços devido à urgência em se preparar para a próxima safra. Este timing desfavorável, muitas vezes coordenado para pagamento na colheita, pode consumir uma parte significativa dos recursos que seriam obtidos com a venda dos produtos, diminuindo assim a rentabilidade geral.
Venda de Produtos em Baixa de Preço
A necessidade de liquidez para cobrir compromissos financeiros imediatos muitas vezes leva os produtores a venderem seus produtos em momentos de baixa no mercado. Essa venda forçada resulta em receitas menores que o potencial, impactando negativamente o fluxo de caixa e a capacidade de investimento para ciclos futuros.
Como o eProdutor Pode Auxiliar na Gestão do Fluxo de Caixa
O eProdutor é uma ferramenta integrada que facilita a transição para uma gestão financeira mais profissionalizada. A plataforma oferece um conjunto de funcionalidades que permitem ao produtor rural melhor planejamento e controle sobre as finanças:
- Planejamento Financeiro Detalhado: Permite ao produtor programar e acompanhar as compras de insumos e as vendas de produtos, ajustando-se às melhores condições de mercado.
- Análise de Viabilidade Financeira: Ajuda a calcular a rentabilidade e a viabilidade de diferentes cenários de produção e venda, considerando variáveis de mercado e custos operacionais.
- Gerenciamento de Riscos: Fornece recursos para o monitoramento de riscos financeiros, ajudando a evitar decisões que possam comprometer o fluxo de caixa.
Estratégias Práticas para Melhorar o Fluxo de Caixa
- Antecipação de Compras: Planejar as compras de insumos em momentos de baixa pode reduzir custos significativamente. Utilizar previsões de mercado e contratos futuros pode ajudar a bloquear preços mais favoráveis.
- Vendas Planejadas: Evitar vendas emergenciais, alinhando o ciclo de produção e vendas com a análise de mercado para maximizar os preços recebidos.
- Reservas de Liquidez: Manter reservas de caixa para cobrir despesas inesperadas e períodos de vacância entre as safras.
- Educação Financeira Contínua: Investir no conhecimento sobre gestão financeira e estratégias de mercado para tomar decisões baseadas em dados.
Conclusão
Implementar práticas robustas de gestão e fluxo de caixa é essencial para a longevidade e o sucesso das propriedades rurais. Ferramentas como o eProdutor são vitais para os produtores que desejam não apenas sobreviver no competitivo mercado do agronegócio, mas também prosperar. Explorar essas tecnologias pode ser um divisor de águas na forma como os produtores rurais planejam, operacionalizam e financeiramente sustentam suas operações. Para mais informações sobre como melhorar a gestão do seu fluxo de caixa, visite nosso site e conheça as funcionalidades do eProdutor.
ACESSE AQUI
AUTOR: Lucas Dierings – Engenheiro Agrônomo.
por Ana Julia Fernandes | News
Produtores rurais de 16 estados brasileiros, que enfrentaram adversidades climáticas terão a oportunidade de renegociar suas dívidas de crédito rural destinadas a investimentos. Essa possibilidade foi autorizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) por meio da Resolução 5.123, publicada em 28 de março. Além dos impactos climáticos, agricultores e pecuaristas prejudicados pela redução de preços de mercado também serão beneficiados por essa medida. O Sistema FAEP/SENAR-PR, juntamente com outras entidades do setor agropecuário, vinha solicitando essa renegociação.
Conforme estabelecido pela resolução do CMN, as instituições financeiras poderão renegociar até 100% das parcelas vencidas ou a vencer no período de 2 de janeiro a 30 de dezembro de 2024. Serão contempladas operações de crédito provenientes de programas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), além de programas com recursos do BNDES e operações equalizadas pelo Tesouro Nacional.
O Ministério da Fazenda justificou a necessidade dessa medida devido aos impactos negativos do clima em importantes regiões produtoras, afetando especialmente as lavouras de soja e milho, e reduzindo a produtividade em áreas específicas do Sul, Centro-Oeste e São Paulo. Adicionalmente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destacou as dificuldades enfrentadas pelos produtores devido à queda nos preços da soja, milho, carne e leite, além do aumento nos custos dos insumos.
Ainda segundo o Ministério da Fazenda, a renegociação abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar R$20,8 bilhões em recursos equalizados, R$6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$1,1 bilhão em recursos obrigatórios. Caso todas as parcelas das operações aptas à renegociação sejam prorrogadas, o custo será R$3,2 bilhões.
A renegociação abrangerá parcelas de linhas de crédito rural de investimento contratadas com recursos controlados, como recursos equalizados, recursos obrigatórios e recursos dos Fundos Constitucionais do Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
Os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais. As atividades produtivas e os estados beneficiados estão detalhados conforme segue:
- Soja, milho e bovinocultura de corte: Goiás e Mato Grosso;
- Bovinocultura de corte e leite: Minas Gerais;
- Soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
- Bovinocultura de corte: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
- Soja, milho e bovinocultura de leite e corte: Mato Grosso do Sul;
- Bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.
As parcelas renegociadas serão corrigidas pelos encargos financeiros contratuais, inclusive em casos de inadimplência quando aplicável. Para parcelas com vencimento entre 28 de março e 15 de abril de 2024, poderão ser aplicados encargos contratuais para situações de normalidade, dispensando encargos extras por inadimplência.
O prazo para formalização da renegociação é até 31 de maio, exigindo a apresentação de laudos agronômicos e financeiros que comprovem os prejuízos acumulados e a incapacidade de pagamento antes de protocolar para análise.
Os interessados devem procurar as instituições financeiras para obter acesso aos formulários necessários.
AUTOR: Elton Veloso – Engenheiro Agrônomo.
por Ana Julia Fernandes | Gestão Financeira Rural
Na manhã do dia 05/03/2024, notícias agitaram o mercado financeiro sobre a situação financeira delicada da Bayer, uma gigante alemã do setor químico e farmacêutico, ecoa como um alerta para a importância crucial da gestão eficiente em todos os aspectos do mundo empresarial. O CEO da Bayer, que está no cargo há menos de um ano, Bill Anderson, não hesitou em descrever a situação da empresa como “muito quebrada“, ressaltando os desafios financeiros significativos que enfrentam. Essa situação serve como um lembrete poderoso de como uma má gestão pode levar uma empresa seja ela rural ou não ao declínio, independentemente de seu prestígio anterior.
O panorama da Bayer destaca várias lições importantes, especialmente no contexto da gestão rural e agrícola, que merecem ser consideradas:
Diversificação e Flexibilidade Estratégica
A Bayer enfrenta desafios não apenas em sua divisão farmacêutica, mas também em sua divisão agrícola, especialmente associada ao herbicida Roundup, porém alguns setores obtiveram crescimento como é o caso dos produtos de milho que avançaram 13,8%, as vendas de fungicidas cresceram 8,8% e os produtos de soja tiveram uma alta de 5,5% na comparação anual. Este cenário destaca a importância crítica de diversificar os negócios e de cultivar uma flexibilidade estratégica capaz de se ajustar às mudanças no mercado. Para um produtor rural, concentrar todas as suas atividades em uma única área é como apostar todas as fichas em uma única jogada, aumentando significativamente o risco de perdas caso ocorra qualquer imprevisto ou anomalia.
Inovação e Desenvolvimento de Produtos
A Bayer destaca que produtos inovadores apresentaram um desempenho superior em termos de preços. Essa observação ressalta a importância contínua da inovação para manter a competitividade em um mercado em constante evolução. Ao explorar as tendências emergentes, como Internet das Coisas (IoT) e agricultura de precisão, os produtores rurais podem obter insights valiosos para otimizar suas operações e permanecer na vanguarda do setor agrícola.
Gestão Financeira Prudente
A decisão da Bayer de cortar dividendos e bônus, bem como a ênfase em pagar o mínimo exigido por lei, reflete uma abordagem prudente para gerenciar suas finanças em tempos difíceis. Isso ressalta a importância da gestão financeira conservadora e da priorização do fortalecimento do balanço patrimonial, especialmente durante os períodos de instabilidade econômica.
Comunicação Transparente e Construção de Confiança
A abordagem franca de Bill Anderson ao discutir os desafios enfrentados pela Bayer destaca a importância da transparência na construção e manutenção da confiança dos investidores e stakeholders.
Para você, produtor rural, lembre-se de que o diálogo aberto com todas as partes envolvidas no negócio – seja sua esposa, filhos, sócios, funcionários ou outros stakeholders – é sempre a melhor opção. Essa prática promove um ambiente de confiança mútuo e colaborativo, essencial para o sucesso a longo prazo de sua operação agrícola.
Diante do desafiador cenário enfrentado pela Bayer, a gestão eficaz, especialmente no setor agrícola, torna-se uma necessidade urgente. Gestores rurais e agrícolas podem extrair valiosas lições dos erros e acertos da Bayer, adotando uma abordagem proativa para enfrentar os desafios do mercado. Priorizar a inovação, a responsabilidade corporativa e uma gestão financeira prudente é fundamental.
A situação atual da Bayer serve como um lembrete dos desafios que as empresas enfrentam no mundo dos negócios, mesmo aquelas com uma longa história de sucesso. Afinal, mesmo gigantes sem um planejamento adequado podem enfrentar sérias dificuldades.
Essa situação ressalta a importância da gestão financeira prudente e da capacidade de adaptação para enfrentar tempos difíceis no mercado global.
AUTOR: Elton Veloso – Engenheiro Agrônomo.
