Você, produtor rural, tem acompanhado todos os indicadores de desempenho da sua produção de ponta a ponta? Sabe o motivo de altas taxas de mortalidade das suas aves? Se sua resposta foi não para essas duas perguntas, além dos prejuízos financeiros, você não está se atentando ao bem-estar animal.
O bem-estar está ligado diretamente à maneira com a qual os animais lidam com as condições em que vivem. É necessário fazer medições constantes das aves e do ambiente que elas vivem para saber se não há algum desequilíbrio durante o processo de seu crescimento antes do abate.
Talvez você não esteja enfrentando somente altos índices de mortalidade e sim uma taxa de peso não adequada, e isso reflete lá na frente quando for realizada a venda, porque o frango não corresponde aos critérios ideais exigidos pela agroindústria e pelo consumidor.
As boas práticas de manejo aliadas ao monitoramento de ambiência e de processos propiciam uma conduta mais humanitária no tratamento animal, além de melhores resultados na produção, transporte e abate.
Quando um produtor se preocupa em prover um ambiente que otimize o desempenho das aves para que alcancem taxas de crescimento uniforme, ele está proporcionando mais resultados e qualidade final do produto. Além disso, prestar atenção na eficiência da conversão de ração na produção de carne e no manejo pré-abate de forma menos estressante, assegurando, assim, a saúde e bem-estar da ave.
Existem muitos pontos a serem observados na criação de frangos de corte. Abaixo, listamos algumas das principais variáveis que o produtor deve levar em consideração na produção. São elas:
- Amônia;
- CO2;
- Temperatura;
- Umidade;
- Velocidade do vento;
- Luminosidade;
- Consumo de ração;
- Consumo de água;
- Consumo de energia elétrica;
- Consumo de gás;
- Operação de equipamentos;
- Peso das aves;
- Mortalidade.
Além das características mencionadas que envolvem o cenário de desenvolvimento eficiente da ave, o bem-estar animal segue os princípios de alimentação, alojamento, estado sanitário e comportamento.
No que diz respeito à alimentação, o produtor deve prestar atenção principalmente em dois critérios: ausência de fome prolongada e ausência de sede prolongada. Na questão do alojamento, a granja deve apresentar conforto em relação ao descanso, conforto térmico e facilidade de movimentação.
Já quando falamos de estado sanitário, deve-se observar a ausência de lesões, de doenças e de dor causada pelo manejo. Por último, e não menos importante, critérios de expressão de comportamento social adequado, de outras condutas, estado emocional positivo e relação humano-animal positivo devem ser levados em consideração.
Dados da produção de frangos de corte no Brasil
O Brasil produz em torno de 13 milhões de toneladas de frango anualmente, segundo o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção da carne de frango no país é a que mais deverá crescer nos próximos dez anos.
Em 2027, a produção nacional deve alcançar uma taxa de crescimento de 33,4% – ou 2,8% ao ano – ou seja, passando das 13.440 toneladas registradas em 2017 para 17.930 toneladas, segundo projeção do Mapa.
O Brasil é o segundo maior produtor de frango do mundo, atrás apenas dos EUA, todavia, as exportações brasileiras de frango estão em primeiro lugar no ranking. O aumento das compras chinesas levou outros mercados importantes como Arábia Saudita, Rússia e Egito a intensificar seus negócios com o Brasil.
A safra de grãos brasileira deverá chegar à marca de 288,2 milhões de toneladas nos próximos dez anos, representando um incremento de 21,5% (51 milhões de toneladas) em relação à safra de 2017 que é de 237,2 milhões. Milho e soja continuarão puxando a expansão de grãos até lá.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) diz que o país movimenta atualmente US$ 6,571 bilhões nesse mercado e, de acordo com a Embrapa, são 4,1 milhões de toneladas de frangos exportados, contando ainda com 48.426.232 matrizes de corte alojadas.
A partir de todos esses números gigantescos e otimistas fica claro que a produção avícola no Brasil só tende a se fortalecer, e todo esse crescimento deve se sobressair com a ajuda da tecnologia na cadeia produtiva.
Tecnologia ajuda no bem-estar animal
As tecnologias existentes contribuem e muito para proporcionar um maior bem-estar animal antes do abate. Dispositivos e sistema que fazem todo o monitoramento de cada passo da ave; desde o ambiente que se desenvolve até o comportamento do animal.
O produtor rural pode fazer todo o acompanhamento da sua produção avícola por meio da plataforma eProdutor, uma ferramenta completa de gestão e com integração de monitoramento remoto. Todos os dados, ocorrências e informações das atividades produtivas podem ser adicionadas através de um celular, tablet ou computador, facilitando o acesso em qualquer lugar e o melhor: em tempo real.
A ferramenta possibilita ainda uma integração com câmeras de vídeo que fazem o monitoramento da granja e a integração com sensoriamento remoto, onde sensores com tecnologia de Internet das Coisas (IoT) instalados dentro dos aviários coletam dados automaticamente e de maneira precisa.
A grande vantagem de toda essa integração é a possibilidade de detectar falhas rapidamente para tomar as melhores decisões e agir no momento certo, além de que o acompanhamento pode ser feito por todos os envolvidos, inclusive a agroindústria para que tenham a mesma visão de todo o processo. Para entender melhor as funcionalidades do sensoriamento remoto, clique aqui.
Facilitando ainda mais cada procedimento, o sistema é completo para uma gestão eficiente, alertando sobre falhas e desvios, ajudando no planejamento e evitando prejuízos, o que gera melhores resultados, consequentemente, aumentando o poder produtivo e, claro, não esquecendo do bem-estar animal.